safra 2021/2022

Preço futuro da soja chega a R$ 150 na região

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Foto: Renan Mattos (Diário) 

Com a colheita de soja concluída há mais de um mês na Região Central, o mercado de compras e vendas futuras do grão está aquecido para a próxima safra - e os números são animadores para os agricultores. A saca de soja está sendo comercializada, para quitação para o início de junho do próximo ano, por volta de R$ 150. Nessa mesma época, em 2019, o os papéis eram vendidos por cerca de R$ 100.

A alta do dólar nas últimas semanas, em função da retirada da moeda americana em território brasileiro, alavancou o preço da saca, que acompanha a queda do dólar para abaixo dos R$ 5 no final de junho. Nesta semana, segundo dados do escritório regional da Emater de Santa Maria, é vendida, em média, por R$ 151, alta de 6,7% em relação ao preço médio de junho. Ontem, o dólar fechou cotado a R$ 5,25.

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A partir de agora, dois fatores são essenciais para a continuidade dos bons valores para os produtores: a manutenção do dólar acima dos R$ 5 e uma colheita dentro da média nos Estados Unidos, entre outubro e novembro. Qualquer alteração irá impactar na oferta do produto no mercado internacional e, consequentemente, no preço do grão no Brasil.

- Se for uma safra normal para eles, o preço tende a se acomodar. Se for uma safra com problemas de produtividade, problemas no clima, pode fazer com que o preço aumente ainda mais aqui. Tudo vai depender do clima e do câmbio - projeta o gerente comercial da Cooperativa Agropecuária de Júlio de Castilhos (Cotrijuc), Luiz César Moro.

OSCILAÇÃO

Além disso, especulações no mercado internacional podem alterar os preços do mercado nacional. Como são comercializados papéis e não sacas, qualquer alteração no mercado pode alterar o valor dos contratos futuros, exatamente como acontece com ações de empresas na bolsa, por exemplo.

- A bolsa é uma dança. Existem fundos, investidores tradicionais, automatizados, enfim. É muito mais papel do que o grão e são muitas e muitas safras sendo negociadas ao mesmo tempo - explica o diretor financeiro comercial da Cooperativa Tritícola Sepeense (Cotrisel), Pedro de Francheschi.

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Contudo, Francheschi alerta que o preço de insumos, principalmente do adubo, teve uma alta exponencial nos últimos 12 meses. Isso pode impactar diretamente no ganho do produtor no próximo ano. A alta é consequência da falta do produto no mercado internacional.

No ano passado, a produção de soja na região alcançou 3,3 milhões de toneladas, com uma média de produção de 55 sacas por hectare. A lavoura colhida injetou R$ 7,8 bilhões na economia, correspondendo a 16,3% de toda a soja colhida no Rio Grande do Sul. 

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